Chez Kantor

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O encenador polaco Tadeusz Kantor foi um dos artistas que melhor materializou uma das revoluções teatrais do séc. XX: a passagem do paradigma literário para o paradigma cénico como fundamento de teatralidade. As suas encenações perverteram as convenções do texto, da narrativa, da personagem, do edifício-teatro, da plástica figurativa, orquestrando o material teatral de forma performática e sempre questionando os mecanismos de representação.
Se o texto dramático pode ser lido como uma base de notação de um espectáculo, em Chez Kantor foram os espectáculos que serviram de base, a notação fixa sobre a qual variámos e interpretamos.
Na casa de Kantor, poderia ter por subtítulo efeitos de superfície.

O processo foi dividido em três partes: primeiro uma introdução ao imaginário e aos dispositivos cénicos, através de textos, imagens e do seu espectáculo Classe Morta. Depois, o esquecimento de tudo e a experimentação em torno de alguns temas recorrentes: memória, guerra, teatro, contrastes, a relação entre o indivíduo e a comunidade, família, objectos. Os actores criaram material teatral em suspensão. Finalmente, retorna-se ao primeiro momento, mas agora materializado com gestos, palavras e presenças, a cenografia transfigura o espaço, os figurinos transformam os actores.
Não um somatório de cenas de outros espectáculos, não um documentário, mas uma variação sobre Kantor, entre a repetição e o inesperado.
Prémio do Público no FATAL 2008 - Reposição no Auditório Municipal de Vila Nova de Foz Côa e no Teatro Nacional D. Maria II.

O espectáculo foi apresentado em: Espaço Gingal (Almada) // FCT (Almada) // Espaço Cegada (Mostra de Teatro de Alverca) // Casa Conveniente (FATAL - Lisboa) // Santiago Alquimista (FLAE - Festival Lusíada de Artes do Espectáculo - Lisboa) // Convento do Carmo (Évora) // Auditório Municipal (Vila Nova de Foz Côa) // Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa)


The polish director Tadeusz Kantor was one of the artists that better portrayed one of the revolutions on XXth century theatre: the passage from a "literature" paradigm to a "scenic" paradigm as the essential fundament of theatricality. His happenings perverted the text rules, the narrative, the character, the theatre as building and stage, the figurative aesthetics, orchestrating the theatrical material in a performatic way, questioning the mechanics of representation.
If the dramatic text can be read as a notation of a play, on Chez Kantor it were the performances that were the base upon we exercised variations
Chez Kantor means "in Kantor" or in "the house of Kantor", and could have "surface effects" as subtitle.
The process was divided in three parts: an introduction to the imagery and scenic devices, through texts, images and videos. Then, forgetting all and experimenting around themes as memory, war, theatre, contrasts, relation between individual and community, family, objects. Actores created suspended material, selected and sequenced. Finally, a return, inhabitating Kantor again, this time as a character, speaking his language of ready-made objects, clownesque characters, collective dances, ironic tragedy.
Not a sum of his pieces, not a documentary, but a variation on Kantor, between repetiton and unexpected.

Audience's Prize at FATAL 2008 (Lisbon's Festival of University Theatre Groups)
The play was presented at: Espaço Gingal (Almada) // FCT (Almada) // Espaço Cegada (Mostra de Teatro de Alverca) // Casa Conveniente (FATAL - Lisbon) // Santiago Alquimista (FLAE - Festival Lusíada of Theatre - Lisbon) // Convento do Carmo (Évora) // Auditório Municipal (Vila Nova de Foz Côa) // National Theatre D. Maria II (Lisbon)


CHEZ KANTOR
encenação/ director:
Pedro Manuel
co-criação/ interpretação / performers:
Bruno Couto
Bruno Tibúrcio
João Frias
Lara Reis
Lia Silva
Teresa Meira
Tiago Varanda
produção / production:

Novo Núcleo Teatro (AEFCT), Teresa Meira, João Frias, Lara Reis, Lia Silva
financiamento/ funding:
AEFCT
Universidade
Nova de Lisboa
Câmara Municipal de Almada
Apoios / Supports:

Espaço Ginjal
Casa Conveniente




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